Danielle Carminatti 

Psicóloga Clínica e Terapeuta de relacionamentos

CRP 06/88077

Este espaço foi criado para sanar as dúvidas mais frequentes que se têm a respeito da psicoterapia. Caso sua dúvida não esteja aqui, entre em contato. Seus dados serão mantidos em sigilo.

 

1- O que é Psicoterapia?

Para falar em psicoterapia, devo explicar brevemente o que é psicologia. Esta é uma ciência que tem como objetivo estudar o comportamento humano e os processos psíquicos intrínsecos. A etimologia da palavra vem do grego e significa o estudo da alma, ou da mente (psykhe - alma/mente e logos - estudo), o que podemos entender como o estudo da essência do homem, de suas questões mais profundas.

No Brasil, tendo como base o Código de Ética que rege a profissão de psicólogo, este promoverá a liberdade, a dignidade, a igualdade e a integridade do ser humano proporcionando a saúde e qualidade de vida individual ou coletiva.

Para tanto, o psicólogo deve estar em constante aprimoramento profissional a fim de atuar no ser humano analisando a realidade em contexto histórico, ou seja, nos campos políticos, econômicos, sociais e culturais.

O momento da psicoterapia é apenas e exclusivamente voltado para a pessoa que procura auxílio, e o psicólogo por sua vez, contribui para seu auto-conhecimento, tentando encontrar os motivos de suas angústias e anseios, que causam disfunções emocionais diversas.

Esta conquista é proporcionada através de técnicas e instrumentos psicológicos, a fim de facilitar a conquista e o aprendizado sobre si mesmo.

Algumas pessoas carregam consigo um sentimento de vazio ocasionado pela alienação, pelo distanciamento da realidade de si mesmos para se enquadrarem no meio social, cultural e até de valores acrescidos a si durante sua vida.

É certo que a adaptação é importante, mas é muito mais importante saber dizer não às coisas que são contrárias ao que se é em essência, fazendo escolhas de seu próprio caminho, por isso é imprescindível o auto-conhecimento.

A psicoterapia, entretanto, é um trabalho feito em conjunto entre psicólogo e paciente e para que esta relação seja favorável, deve haver vínculo e empatia.

 

 

2- Quem deve procurar um psicólogo?

Ao contrário do que se diz, procurar auxílio terapêutico é sinal de maturidade e coragem, e não de fraqueza.

No geral, não há muitas regras para isso. Quando existem sintomas impedindo a realização de tarefas das mais simples às mais complexas, pode ser um momento propício para procurar ajuda profissional de um psicólogo, ou até mesmo quando sentir necessidade de dar um novo sentido à vida, buscar um novo caminho, ou até encontrar o caminho de si mesmo.

A psicoterapia não tem contra indicação e pode ser utilizada como tratamento em todas as questões que envolvem o lado emocional.

O sofrimento nem sempre é compreendido facilmente pela pessoa, e além de auxiliar a entender e aceitar a realidade, o psicólogo fará com que este indivíduo amadureça emocionalmente a fim de conseguir lidar com seus medos.

 

3- Como devo escolher um psicólogo?

Primeiramente, deve-se marcar uma entrevista para que o psicólogo faça uma avaliação a fim de direcionar sobre a necessidade de trabalho terapêutico, e neste primeiro contato, o paciente poderá tirar todas suas dúvidas sobre o mesmo.

Este primeiro contato também é um importante termômetro entre paciente e psicólogo para saber se há empatia para que o trabalho seja realizado satisfatoriamente. O clima terapêutico deve ser favorável para que o paciente sinta-se à vontade para expor suas questões mais internas favorecendo assim um desenvolvimento significativo dentro deste processo.

Esclarecer sobre o tipo de abordagem utilizada pelo psicólogo também auxilia na escolha de uma melhor adaptação ao processo terapêutico.

 

4- Psicoterapia infantil: Como funciona e quando procurar?

A psicoterapia em crianças é geralmente feita através da ludoterapia, ou seja, a terapia por meio de brinquedos específicos em um espaço próprio para isto, além da verbalização quando possível.

É importante que os pais ou responsáveis estejam presentes em orientação a fim de fazer um acompanhamento evolutivo da criança com a finalidade de manter seus comportamentos e em constante desenvolvimento, ou seja, os pais também têm fundamental importância para a manutenção do progresso terapêutico durante e após a finalização do processo.

Crianças que apresentam problemas sociais, de aprendizagem, agressividade, agitação excessiva, apatia, distúrbios de alimentação ou no desenvolvimento, ou ainda quando a escola faz o encaminhamento por motivos diversos, devem ser conduzidas para terapia.

 

5- Existe idade mínima ou máxima para iniciar a terapia?

Não existe uma idade mínima. Algumas abordagens terapêuticas permitem o trabalho com bebês de colo. A idade não deve ser impeditiva para procurar um psicólogo, deve ser percebido algum problema no desenvolvimento, e geralmente os pais notam alguns distúrbios em idade escolar, onde a socialização faz-se necessária.

E com certeza não há idade máxima para se fazer terapia, afinal, nunca é tarde para descobrir quem você realmente é ou mesmo resolver algum conflito que pode surgir em qualquer idade de nossas vidas.

 

6- Quanto tempo demora um trabalho terapêutico?

O tempo de realização da terapia é acordado entre paciente e terapeuta geralmente na primeira entrevista, e pode variar muito dependendo do motivo da busca. Algumas terapias breves podem levar de 3 meses a 1 ano ou 1 ano e meio, com resultados muito satisfatórios, outras terapias podem demorar anos, se o motivo assim o necessitar.

Algumas pessoas buscam terapia para resolver uma determinada situação e acabam gostando tanto de fazer terapia que continuam o trabalho mesmo depois de terem resolvido o problema inicial.

É uma questão de encaixar o que se busca resolver com a proposta terapêutica de cada profissional, e a decisão de término do trabalho é sempre entre o próprio paciente em comum acordo com o psicólogo.

 

7- Fazer psicoterapia funciona mesmo?

Ao fazer um trabalho psicoterêpico, você compartilha seus problemas mais emergentes e assim, começa o processo de alívio de tensão. Os vínculos afetivos também proporcionados pela terapia têm grande importância para o processo de cura, já que a superação é mais fácil quando se tem uma relação verdadeira de respeito mútuo.

Além do que a psicoterapia é um momento de reflexão da própria vida, muitas vezes é o único momento em que a pessoa pára para pensar em si, já que a correria do dia-a-dia dificulta o estabelecimento deste momento individual.

Os psicólogos conhecem as teorias psicológicas, o que auxilia na compreensão do que ocorre com você, podendo mostrar-lhe por uma outra perspectiva o que você nem suspeitava ser possível, bem como possibilitar uma compreensão mais assertiva do que está ocorrendo e quais prováveis caminhos a seguir. Essas mesmas teorias e técnicas permitem ao psicólogo proporcionar à você uma mudança na sua essência, e não apenas superficial ou passageira.

O psicólogo está preparado tecnicamente para compreender o seu todo através de um treinamento que o possibilitou ser ele mesmo seu próprio instrumento de trabalho, tendo a possibilidade de perceber de acordo com o vinculo estabelecido com ele, qual o tipo de relação se estabelece com outras pessoas, também permitindo uma mudança, se necessário, nas relações sociais.

Lembrando que o psicólogo já passou por experiências de ser o paciente, de ser o observador e por fim o profissional, tendo uma visão mais ampla capacitando-o para lidar com situacões das mais diversas e complexas.

 

8- Como funciona a psicoterapia de casal?

A psicoterapia com casais pode ser realizada tanto para casados, namorados, noivos, que moram juntos (heterossexuais ou homossexuais) que estão em um momento de crise afetiva ou sexual, que geram dúvidas sobre a continuidade desse relacionamento e desgaste.

A terapia favorecerá ao ajustamento e favorecimento da compreensão mútua, muitas vezes abalada pela falta de comunicação e distanciamento, fazendo com que este casal aprenda a lidar com o atual conflito e com o futuro.

O profissional pode ser procurado quando algum sintoma de desajuste está presente em um dos parceiros ou em ambos: desinteresse ou desmotivação, disfunções sexuais, ciúme excessivo, conflitos, dificuldade ou ausência de comunicação, dificuldade com os filhos que afetam o convívio do casal, para aconselhamento conjugal ou pré-nupcial.

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9- Como falar de sexo com minha filha adolescente de 14 anos?

Você deve sim orientá-la para uma vida sexual mais segura, inclusive porque ela está na idade de paquera, iniciar um namoro, frequentar matinês, mesmo que ela ainda não tenha uma vida sexual ativa, vale a pena a prevenção para quando ela achar que está na hora, poder saber o que fazer com responsabilidade.

A melhor prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis (DST's) e na prevenção de uma gravidez precoce é com certeza a camisinha, mas se ela não se sentir à vontade de conversar abertamente sobre isso com você, vale a pena oferecer uma consulta com um profissional de saúde (sexólogo, psicólogo) e/ou um ginecologista que também poderá indicar uma pílula contraceptiva para complementar a segurança da camisinha.

A idade que ela está passando é repleta de dúvidas, mudanças e questionamentos, se você abrir este canal de conversa e confiança, com certeza ela entrará nesta fase de forma mais segura e responsável.