Danielle Carminatti
Psicóloga Clínica e Terapeuta de relacionamentos
CRP 06/88077
Redescobrindo a Conexão: Verdades sobre a Psicoterapia de Relacionamentos
Existe um mito de que a terapia de casal leva à separação, mas isso está longe da verdade. A terapia pode ser uma poderosa aliada para fortalecer a relação, desde que ambos os parceiros estejam dispostos a trabalhar juntos.
**Quem pode se beneficiar?**
A terapia de casal é para todos: casados, namorados, noivos, pessoas que moram juntas, sejam heterossexuais, homossexuais ou em relações não monogâmicas consensuais. Se você está enfrentando crises afetivas ou sexuais, ou se sente desgastado com o relacionamento, a terapia pode ajudar.
**Por que procurar terapia?**
Muitos casais buscam a terapia como último recurso antes da separação, devido à incapacidade de resolver conflitos ou à insatisfação sexual. Mas a terapia não é apenas para salvar relacionamentos em crise. Ela pode melhorar a comunicação, desenvolver habilidades de resolução de problemas, equilibrar padrões de comportamento, aliviar problemas sexuais e, principalmente, promover a satisfação conjugal.
**A abordagem bioenergética**
Na psicoterapia corporal bioenergética, o foco está na conexão entre corpo e mente. Através de exercícios físicos específicos e técnicas de respiração, trabalhamos para liberar tensões musculares e desbloquear emoções reprimidas. Esse processo ajuda os parceiros a se reconectarem não apenas emocionalmente, mas também fisicamente, criando um vínculo mais profundo e autêntico.
**Quando a terapia de casal não é indicada?**
Existem situações em que a terapia de casal pode não ser a melhor opção. Na primeira sessão, avalio a necessidade de uma intervenção individual antes de iniciar a terapia de casal. Fatores como falta de envolvimento de um dos parceiros, decisão já tomada pela separação, questões individuais como depressão ou ansiedade, violência física ou emocional, dependência de álcool ou drogas, e ausência de atração entre o casal podem comprometer a eficácia da terapia.
**O que realmente importa?**
O que realmente importa é saber se o respeito, o amor e a vontade de permanecerem juntos prevalecem. A psicoterapia pode ajudar a encontrar essa resposta, promovendo um ambiente de respeito mútuo e crescimento pessoal.
A Jornada de Construção de
Relações Amorosas Saudáveis
Casos Clínicos meramente ilustrativos. Nomes fictícios e curadoria de várias histórias inspiradas por atendimentos reais (todas as sessões são sigilosas de acordo com o Código de Ética da Psicologia)
Imagine um casal, Ana e João. Eles se conheceram em uma festa e, desde então, têm construído uma vida juntos. No início, tudo parecia perfeito, mas com o tempo, começaram a surgir desafios. Ana e João perceberam que uma relação conjugal não é apenas a soma de duas pessoas com personalidades distintas; é um processo dinâmico que envolve a integração das famílias de origem e do contexto social de cada um.
Para Ana, a transição de filha para esposa foi um grande desafio. Ela teve que redefinir continuamente seus papéis, funções e regras dentro do relacionamento, sempre buscando um equilíbrio que respeitasse os valores de ambos. João, por sua vez, aprendeu a negociar tarefas e assumir novos compromissos, como deixar de ser apenas filho para se tornar marido e, eventualmente, pai.
Juntos, Ana e João começaram a construir sua identidade conjugal. Eles descobriram que essa identidade se fortalece com a coesão do casal, baseada na reciprocidade, no vínculo e na valorização mútua. No entanto, eles também aprenderam a importância de não confundir essa coesão com fusão, onde a dependência excessiva pode levar a uma relação infantil e crises de ciúmes.
Ana sempre teve medo de dizer "não" a João, temendo que ele não gostasse e isso levasse a uma separação. Mas, com o tempo, ela entendeu que a verdadeira entrega em uma relação está na capacidade de confiar no outro, inclusive na confiança de que pode dizer "não" e ser respeitada. João, por sua vez, aprendeu a valorizar essa honestidade e a respeitar os limites de Ana.
O verdadeiro valor da relação de Ana e João está na troca e no apoio mútuo. Eles descobriram que essa entrega genuína é conquistada através do respeito mútuo e da valorização tanto do parceiro quanto de si mesmos. Juntos, eles construíram uma relação baseada no amor, respeito e na vontade de permanecerem juntos, enfrentando os desafios de mãos dadas.
Psicoterapia para
Relacionamento Não Monogâmico
Eduardo e Mônica (nomes fictícios) estavam juntos há cinco anos quando decidiram abrir o relacionamento. Ambos acreditavam que a não monogamia consensual poderia trazer mais liberdade e autenticidade para suas vidas. No entanto, com o tempo, começaram a enfrentar desafios que não esperavam.
Mônica sentia ciúmes do novo afeto de Eduardo, enquanto ele se sentia inseguro sobre a nova conexão de Mônica. A comunicação entre eles começou a falhar, e o que antes parecia uma escolha libertadora começou a gerar tensão e conflitos. Foi então que decidiram procurar minha ajuda profissional.
Na primeira sessão de terapia, expliquei a Eduardo e Mônica sobre a abordagem da psicoterapia corporal bioenergética. Através de exercícios físicos específicos e técnicas de respiração, poderíamos liberar tensões e emoções reprimidas, facilitando uma reconexão mais profunda entre eles.
Durante as sessões, guiei Mônica e Eduardo em exercícios que os ajudaram a se reconectar com seus próprios corpos e emoções. Em um dos exercícios, pedi que olhassem nos olhos um do outro enquanto respiravam profundamente, sentindo a presença e a energia do parceiro. Esse simples ato de conexão visual e respiratória começou a quebrar as barreiras emocionais que haviam se formado.
Também os conduzi em exercícios de toque consciente, onde aprenderam a tocar um ao outro com intenção e respeito, redescobrindo a intimidade física de uma maneira nova e significativa. Esses momentos de conexão física ajudaram a fortalecer o vínculo emocional entre eles.
Além dos exercícios corporais, focamos em melhorar a comunicação. Ensinei Mônica e Eduardo a expressarem seus sentimentos e necessidades de maneira clara e respeitosa. Descobriram que era possível falar sobre seus medos e inseguranças sem julgamento, criando um espaço seguro para ambos.
Com o tempo, começaram a perceber que a não monogamia não era o problema, mas sim a falta de comunicação e conexão emocional. A terapia os ajudou a entender que, para que a não monogamia funcionasse, era essencial manter um diálogo aberto e honesto, além de respeitar os limites e necessidades de cada um.
A jornada deles na terapia não foi fácil, mas foi transformadora. Eles redescobriram o amor e o respeito mútuo, aprendendo a valorizar tanto a individualidade quanto a conexão entre eles. Através da psicoterapia corporal bioenergética, encontraram uma nova maneira de se relacionar, baseada na confiança, no consentimento e na verdadeira conexão.
E você? Está pronto para iniciar sua jornada de construção de uma relação amorosa saudável e duradoura? Vamos juntos descobrir o poder do respeito, da comunicação e do amor verdadeiro.